Muitos pais, tanto querem assinalar de forma "original" o nascimento dos filhos, que os marcam para toda a vida com o ferro baptismal de uma moda, de um capricho.
Talvez M.T. já esteja a «ajudar» a sobrinha, quando, no penúltimo período da "pergunta", não a trata por Tânia Vanessa, mas Tânia. No Portugal das Marias, Tânia Vanessa é demasiado peculiar. Indica em demasia determinado gosto. Tânia, embora pouco usual entre nós, portugueses, chama menos a atenção.
Quanto à mudança para um nome «mais antigo», não me parece tarefa fácil.
Em "Mil e Tal Nomes Próprios" (editora Pergaminho, Lisboa, 1997), Ana Belo referencia Tânia como diminutivo do russo Tatiana (derivado do latim Taciano) e a alusão mais antiga deste nome de Tatiana, na obra citada, é uma santa do século III d.C.
A origem pode ser, contudo, ainda mais remota. Na lista de nomes bíblicos israelitas ("ciberpáginas" da comunidade judaica), depara-se-nos uma "Tania" – que significa «dádiva de Deus».
Vanessa, esse, é nome mais recente. Terá sido criado pelo escritor inglês Jonathan Swift (século XVIII), num poema que dedicou a Esther Vanhomrigh. Parece basear-se no anagrama formado pela primeira sílaba do apelido e a primeira sílaba do nome (Van+es).