DÚVIDAS

Sobre o sufixo nominal -ota

O sufixo -ota, formador de gentílicos, tais como cairota, cipriota e italiota, porventura seria de origem grega e teria vindo para o português por intermédio do latim? Poderiam apresentar-me outros gentílicos do mesmo gênero?
A terminação de Iscariotes, sobrenome de Judas, o apóstolo traidor, seria a forma grega do sufixo -ota?
De Argos, Élis, Mális, Ptolomeu, Tebas, topônimos e antropônimo gregos já aportuguesados hoje, fizeram-se Argólida, Élida, Málida, Ptolomaida e Tebaida, também já inclusos na toponomástica do nosso idioma. Pois bem, pergunto-lhes se a terminação "ida", desses últimos, seria um sufixo grego construtor de topônimos.
O final "opla", de Adrianopla e Constantinopla, seria uma forma alterada da palavra grega "pólis", que significa cidade?
Muito obrigado.

Resposta

Segundo o Prof. Rebelo Gonçalves, o sufixo nominal -ota, que se usa com os dois géneros, é de origem greco-latina. Por outro lado, -ota também pode ser o feminino do sufixo nominal -ote, de origem obscura. Quanto a -ida, também se trata de sufixo nominal, dos dois géneros quando átono. Segundo José Pedro Machado, a terminação -opla, que veio de polis, deve ter sido recebida através do francês (Constantinople, etc.)

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa