Responde-lhe o muito bom Dicionário Houaiss, na entrada do elemento compositivo bem-: «emprega-se seguido de hífen antes de palavra começada por vogal se com ela se crê haver uma unidade semântica; o que torna difícil para o decisor saber se há essa unidade semântica é o facto de ela ser mais função da frequência de uso das suas unidades juntas do que mesmo a corporificação da unidade semântica; essa unidade semântica nem é facilmente sistematizável, nem é facilmente interiorizável: bem-acabado, bem-apessoado, bem-educado, bem-estar, bem-intencionado (...); a forma bem- também ocorre com palavras iniciadas com consoante (inclusive b-) desde que a suposta unidade semântica seja considerada: bem-bom, bem-comportado, bem-disposto, bem-falante, bem-humorado, bem-vindo (...); há também formas aglutinadas: bendito, benfazejo, benfeitor, benquisto (...); é patente que ao falante [ou àquele que escreve] cabe uma grande margem de decisão em relação ao facto de empregar ou não o hífen em ocorrências comparáveis.»