Segundo José Pedro Machado [Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, Livros Horizonte, Lisboa], saloio provém do vocábulo árabe ('çahrauii'/'çahroi', «homem, habitante do deserto»). No seu Novo Dicionário da Língua Portuguesa (3.ª edição da Sociedade Editora Portugal-Brasil, 1922), Cândido de Figueiredo remete também saloio para a acepção antiga de «moiro, originário de Salé», com origem no nome árabe 'çaloio' («de um tributo que em Lisboa pagavam os padeiros moiros»).
De Salé (salatino ou saletino) é o registo, igualmente, de Caldas Aulette, no seu Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (Editora Delta, Rio de Janeiro, 1958): «Salatino, adj., que diz respeito aos salatinos, mouros corsários de Salé, que se estabeleceram perto de Lisboa. - s.m., descendente dêsses mouros, hoje chamado saloio.»
Ainda sobre o vocábulo saloio e o seu uso, o Dicionário Houaiss regista esta passagem elucidativa do historiador Miguel Leitão de Andrade (1629):«(...)deixando el-Rei D. Afonso Henriques ficar no termo de Lisboa os mouros, em suas fazendas e lugares de pagar o mesmo que aos seus reis mouros, a estes chamavam saloios (...)».