Pedido excessivo... As Lyrical Ballads, 3 vols., de Wordsworth e Coleridge, são de 1798, 1800 e 1802. A revista alemã Athenaeum é fundada em 1798, embora, desde o início da década, Tieck, Fitche e Schlegel já se dessem românticos. Se descontarmos um Stendhal de 1822 (Racine et Shakespeare), só o prefácio de Hugo à sua peça Cromwell (1827) teoriza claramente sobre o romantismo. As segundas gerações, nesses três países, trazem nomes como Byron, Shelley, Keats, Novalis e os irmãos Grimm, Kleist, Hoffmann; mas serão ‘góticos’, como os ingleses Walpole e Ana Radcliffe, além dos franceses do folhetim – Sue, Soulier, Féval –, que inspiram o primeiro Camilo. Ora, não se deve associar o Amor de Perdição – que é outro Romeu e Julieta – à primeira questão (a saber, autores e obras do fundo romântico europeu que podem ter influenciado Camilo), mas, talvez, a preocupações balzaquianas próximas, desde o realismo em sublinhar a veracidade dos acontecimentos aos interesses materiais e de sangue no casamento. Trata-se, pois, de duas problemáticas diferentes, em que só um argumento de amores contrariados, a presença de mulher-anjo e o fim trágico do amor são comuns ao demais romantismo europeu.