O novo acordo ortográfico, como o nome indica, preocupa-se exclusivamente com a vertente ortográfica da Língua.
É facto/fato que as regras gramaticais não coincidem nos dois lados do Atlântico, nomeadamente no vocabulário, mas as diferenças não são assim tantas. Repare que uma das gramáticas mais prestigiadas em Portugal é a do brasileiro Celso Cunha (com a colaboração de Lindley Cintra).
Na minha modesta opinião, se é necessária alguma uniformização na ortografia (não fazem, por exemplo, sentido diferenças do tipo comummente ou escuteiro), na gramática deve atender-se aos hábitos linguísticos peculiares da comunidade culta respectiva. Para mim, a linguagem que obedeça à norma aprovada no Brasil é tão correcta na nossa comum língua, como a que obedeça a norma aprovada em Portugal.
Uma Língua é constituída por todas as suas variantes e um património social, independente dos seus falantes, não é?
Ao seu dispor.