A grafia dos endereços dependerá, em alguma parte, do ditame de um livro de estilo. É isso que sugiro que faça: um conjunto de regras estilísticas que aplique sempre nos mesmos casos. Tem, portanto, margem para escolher a forma que lhe parecer melhor. Vou elencar algumas sugestões com base naquilo que se fazia quando trabalhava com texto deste tipo:
Todos os elementos são separados por vírgulas, excepto o último, quando corresponde à localidade (com ou sem código postal):
Edifício Magnólia, Rua das Flores, lote 22, 4.º andar [ou piso], habitação 42 – 1600-234 Lisboa. [Atenção à forma como devemos grafar os ordinais, sempre com o ponto a seguir ao algarismo.]
A maiúscula é obrigatória apenas para os nomes próprios (dos edifícios, das vias, dos bairros, das localidades...). Elementos como o número da porta, a designação do andar, se é esquerdo ou direito, etc., terão maiúscula inicial apenas se o requisito estilístico a observar assim o determinar. Também devem ser maiúsculas as letras que especificam os números das portas (30-A) e os andares (1.º C).
Nos números afectos a letras, como lhes chamou, o habitual é uni-los com hífen. O exemplo que melhor ilustrará esta situação será eventualmente o da famosa porta 10-A, do estádio do Sporting Clube de Portugal.
A forma usual de abreviar rés-do-chão é r/c. A preferência por maiúsculas (R/C) já é uma questão de estilo.
Se empregar hífenes ou barras, não se admitem espaços nem antes nem depois: 10-A, 35-A/B/C (forma prática de escrever 35-A, 35-B, 35-C).
É frequente abdicar-se da abreviatura de número: Praça dos Ornatos, 38-A em vez de Praça dos Ornatos, n.º 38-A.
Algumas abreviaturas de uso corrente:
Av. = Avenida
B. º = Bairro
dto. ou d. to = direito
Ed. = Edifício
esq. = esquerdo
fte. ou f. te = frente
Lg. = Largo
n. º = número
Pç. = Praça
Pcta. = Praceta
R. = Rua
r/c = rés-do-chão
Trav. = Travessa