Pasquim vem do italiano «Pasquino», nome de um sapateiro romano do século XV: à porta da oficina, foi encontrada uma estátua helénica do século III a.C., e criou-se o costume de nela colocar bilhetes satíricos, nem sempre primando pela elevação da linguagem.
Cada um destes recados passou a ser conhecido pelo nome do sapateiro. Pasquino ultrapassou fronteiras e foi aportuguesado como pasquim, denominação muitas vezes pejorativa de um jornal, mas nem sempre.
A história do melhor jornalismo satírico, se quiser ser objectiva, nunca poderá ignorar um periódico brasileiro - chamado, exactamente, "O Pasquim".
N.E.:
Segundo o dicionário Aurélio, a palavra Pasquim significa um jornal ou panfleto difamador ou uma sátira afixada em lugar público.
José Pedro Machado conta a história do termo: chegou ao português através do francês, com origem na palavra italiana antiga «pasquino».
Pasquino era o nome de uma estátua mutilada, achada na Rua del Governo-Vecchio em Roma, colocada depois numa pequena praça que acabou por receber este nome. Ficava defronte da estátua de Marfório e os satíricos divertiam-se em afixar perguntas no pedestal de Marfório cujas respostas – já preparadas – eram afixadas no pedestal da estátua de Pasquino. Ele conta que Castelvetro, no livro Ragione d'alcune core (1560), afirmou que o nome da estátua veio de um alfaiate que morava perto do local onde o torso de mármore foi encontrado e que era muito mordaz.
Durante o regime militar no Brasil, foi criado um jornal humorístico que ironicamente recebeu o título de Pasquim. Nele participaram alguns dos mais importantes nomes do humor brasileiro, como Millor Fernandes, Ziraldo e Jaguar. O facto de este jornal conseguir fazer rir a respeito do regime autoritário levou a que o nome pasquim perdesse, no Brasil, um pouco do seu sentido pejorativo. O mesmo não ocorreu em Portugal.