Seer, do latim sedere com a queda (síncope) da consoante intervocálica, deu ser, com um só e, acabando-se o hiato.
Poer vem do lat. ponere e originou o actual pôr, por contracção análoga. Nestas palavras portuguesas, uma arcaica e outra moderna, houve, como se vê, a síncope do n intervocálico.
Irmãa representa o latim germana-, igualmente com a queda do n intervocálico. Na forma actual, irmã, observa-se a apócope do a átono final, desfazendo-se assim o hiato.
Loar é a variante arcaica de louvar, ambos os termos provenientes do latim laudare, por meio duma evolução assaz obscura, no que respeita à substituição do d por v. Au passou normalmente a ou, reduzido a o (= ô) na divergente antiga, e o hiato desapareceu ao reintroduzir-se outra consoante no vocábulo, ao mesmo tempo que se reconstituía o ditongo ou, hoje pronunciado em geral como ô.