O próprio Saussure admite que «em certo sentido, pode-se falar ao mesmo tempo da imutabilidade e da mutabilidade do signo», o que só aparentemente é contraditório ou ilógico. Ele só quis marcar fortemente a verdade segundo a qual a língua se transforma sem que os falantes possam transformá-la, podendo dizer-se também que a língua é intangível, mas não inalterável.
Nesta ordem de ideias, tão-pouco os neologismos contradizem a teoria saussureana da imutabilidade do signo, a qual, como se vê, não é rígida.