O elemento não pode ser ou não seguido de hífen. Vejamos as seguintes frases:
(a) O João é um não-te-rales que anda para aí.
(b) Não te rales com isso, que a coisa resolve-se. Na frase (a), as três palavras não, te e rales formam uma unidade de sentido, um todo; e de tal maneira que esse conjunto está substantivado pela anteposição do artigo indefinido um. Na frase (b), essas mesmas palavras não formam uma unidade. Por isso, na escrita não as ligamos entre si. O mesmo se dá com a grafia não-ionizante (é erro «ionisante», com s) e não ionizante. Quem trabalha com os iões é que sabe, e não eu, se em não ionizante há ou não essa unidade; sabe, porque conhece profundamente o assunto, as circunstâncias e o significado. No caso de as duas palavras formarem esse todo, unimo-las com hífen.