«Tolice», referiu-se o gramático brasileiro Napoleão Mendes de Almeida, a propósito do «galicismo inútil» montra, como lhe chamou o lexicólogo português Cândido de Figueiredo, no registo que fez na terceira edição (de 1920) do seu Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Um e outro preferiam (conforme o caso) os vernáculos exposição, mostruário, vitrina (e não o barbarismo “vitrine”), escaparate, mostruários (este considerado um neologismo), mostrador. A verdade é que a palavra é indispensável hoje no nosso vocabulário comum como qualquer dicionário de Português contemporâneo o atesta…