O malthusianismo (termo da economia) é, de acordo com o Dicionário Eletrônico Houaiss, a «doutrina de Malthus (1766-1834), economista e demógrafo inglês, que exorta à prática da continência sexual voluntária, invocando a disparidade entre o crescimento demográfico e a produção de alimentos». Além disso, por analogia, também se trata de «prática de restrição deliberada da produção, com o objetivo de manter os preços em alta». E, em sentido figurado, ainda é «política de restrição voluntária; atitude restritiva».
O Dicionário da Porto Editora, dizendo praticamente o mesmo, acrescenta-lhe o malthusianismo econó[ô]mico («restrição sistemática, ou mesmo destruição de uma parte da produção, a fim de impedir a baixa de preços») e o malthusianismo escolar («conjunto de medidas destinadas a limitar a frequência escolar»).
A Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura (Editorial Verbo, Lisboa) diz que o malthusianismo «designa uma corrente, científica e doutrinária, demográfica, derivada do pensamento de Malthus, bem como certas políticas dela decorrentes. Malthus defendeu uma teoria naturalista do crescimento da população, contrária às múltiplas teses que o têm feito depender de diversos factores sociais, culturais e económicos. Para ele, os instintos genésicos do homem levam-no a reproduzir-se de tal forma que a expansão da população se faz em progressão geométrica, tendendo a duplicar de 25 em 25 anos; assim, contrariamente ao que pensavam os defensores das "leis dos pobres" e da assistência pública, a miséria é um fenómeno necessário e derivado das próprias leis da expansão populacional – dado que as subsistências apenas crescem segundo uma progressão aritmética, a ritmo muito mais lento. A natureza restabelece o equilíbrio por meio da guerras, das epidemias e outras calamidades naturais (...)».