De acordo, por exemplo, com o «anexo B», do Código de Redação Interinstitucional da Comunidade Europeia, «usam-se carateres itálicos [...] nos títulos de obras literárias, jornais, revistas e outras publicações similares desde que seja citado o seu nome completo [...]; em títulos de produções artísticas e obras de arte em geral (filmes, quadros, peças musicais, pinturas, esculturas, etc.), ex.: O Conde de Monte Cristo/A Guernica, de Picasso/a ópera Aida/David, de Miguel Ângelo [...]». Ora, tendo em conta estas indicações, assim como a amplitude e subjetividade do conceito de obra de arte (que não vamos aqui, como é evidente, escalpelizar), será aceitável recorrer a caracteres itálicos nos títulos elencados pela consulente.
Observe-se, contudo, que aos edifícios não se atribuem títulos, mas, sim, nomes¹, e, em relação a estes, a prática generalizada é usá-los sem itálico nem aspas, mesmo que tenham: Convento de Cristo, Palácio Nacional da Ajuda, Mosteiro da Batalha (cf. Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico – IGESPAR).
¹ Um título pode ser encarado como um subtipo de nome ou denominação, de acordo com a definição do dicionário da Academia das Ciências de Lisboa: «Denominação de um livro, capítulo, jornal, artigo... que indica, geralmente, a matéria tratada» (ver também Dicionário Houaiss).