Escreve-se hieróglifo e hieroglifo, mas a primeira forma é mais corrente. Maria Helena de Moura Neves, no Guia de Uso do Português (São Paulo, Editora Unesp, pág. 406), diz que «hieróglifo e hieroglifo são variantes prosódicas. A sílaba tônica pode ser, pois, a antepenúltima (RÓ, com acento) ou a penúltima (GLI, sem acento). A primeira forma ocorre com feqüência muito maior (91%) [percentagem relativa ao corpus utilizado pela autora].
A palavra vem «do gr[ego] hierós, "sagrado" + glýphein, "gravar", pelo fr[ancês] hiéroglyphe». Trata-se de «cada um dos caracteres ou figuras do sistema de escrita pictórica dos antigos Egípcios e de outros povos, que representavam palavras, conceitos ou objectos». Em sentido figurado, é «coisa escrita ilegível» ou «coisa enigmática, misteriosa».
[Cf. Dicionário da Língua Portuguesa 2003, da Porto Editora]