É de regra este emprego entre as formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver e a preposição de. Assim, hei-de mas havemos de, por exemplo. Esta construção é usual em português quando seguida do infinitivo de um verbo de que se quer formar um futuro perifrástico, mais enfático que o futuro simples normal. Deste modo, há-de fazer em vez de um simples fará indica, conforme os casos, maior intenção ou dever. Hei-de lá ir, por exemplo, é mais forte que irei lá, é como se eu dissesse irei lá com certeza. Julgo que todas as suas dúvidas a este respeito ficaram esclarecidas, pois mais nenhum verbo, nem qualquer outra preposição, tem o referido emprego, com ou sem hífen.
N. E. - Com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, as formas hei-de, hás-de, há-de e hão-de perdem o hífen e passam a escrever-se hei de, hás de, há de e hão de.