O problema não reside no dizer, mas no escrever nomes de restaurantes, livros, filmes, jornais. Dizemos: a festa é /nu leopoldo/. Escrevemos (segundo a base 35 do Acordo Luso-Brasileiro de 1945):
A festa é n'«O Leopolldo»
ou
A festa é em "O Leopolldo".
Dizemos: /recorro aos lusíadas/. Escrevemos:
Recorro a "Os Lusíadas".
Dizemos: /copiado da relíquia/. Escrevemos:
Copiado de "A Relíquia".
Num texto informal, desde que isso não suscite confusão, é admissível (e corrente) o emprego de grafias simplificadas. Por exemplo, o antigo diário português "O Século" referia-se a si próprio com o artigo contraído (para evitar o apóstrofo ou "em O"): «uma reportagem do Século»; «notícia publicada no Século de ontem». Este processo funciona quando todos os destinatários sabem do que se trata e é menor o risco de se alterar o título com o uso. Em caso de dúvida, poder-se-ia recorrer sempre ao cabeçalho do jornal (O Século).
Nota: Leopoldo escreve-se só com um l. O nome do restaurante paulista, contudo, pelo que depreendemos da pergunta, está registado com dois.