A resposta a esta sua pergunta não o dispensa de consultar uma boa gramática (já aqui foram indicadas algumas), porque será necessariamente resumida. É que o assunto não pode ser tratado «alargadamente» num consultório desta natureza: o tema dava para muitas aulas de Português.
Mas vamos ao que interessa.
Frase, oração e período são unidades de sentido, de comunicação, e a parte da gramática que trata da forma como as palavras se combinam para formar aquelas unidades de sentido é a sintaxe (ler sintásse).
A frase é a unidade mínima de comunicação. Pode ser constituída por uma só palavra:«Silêncio!»; por várias palavras, com ou sem verbo:«Que dia bonito!», «Vivo em Lisboa.»
Uma oração contém sempre um predicado, isto é, um verbo acompanhado ou não de complementos, que pode estar expresso ou oculto e que indica uma acção, uma qualidade ou um estado.
Exemplificando:« Vivo em Lisboa, onde nasci.»
Temos dois verbos, não é assim? Temos, portanto, duas orações, nas quais as acções expressas pelos verbos são viver e nascer.
Por sua vez, as orações organizam-se em períodos. Estes são constituídos por uma ou mais orações e terminam sempre por uma pausa bem definida, marcada por ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticências.
No exemplo que dei, há duas orações que formam um período. ( Já agora, dou-lhe como exemplo um período formado por duas orações, cujos predicados exprimem uma qualidade e um estado:«Sou diabético e estou a tratar-me em Lisboa.»)
Quanto ao que chama «nomeação» dos elementos da oração, ou seja, a análise sintáctica da oração, a indicação da função que cada palavra tem dentro daquela, também só posso dar-lhe noções muito gerais, por razões de tempo e espaço.
O sujeito é o ser sobre o qual se faz uma declaração. Quando alguém diz «sou diabético», é sobre si mesmo que o declara, e o sujeito será eu (subentendido, neste caso).
O predicado é tudo o que se diz do sujeito. Na oração «vivo em Lisboa», afirmo acerca de mim que vivo em Lisboa: é este o predicado. Mas, além do verbo (viver), este predicado contém um complemento (em Lisboa) circunstancial (ou adjunto adverbial) de lugar que completa a afirmação feita sobre o sujeito.
Por último, referirei o complemento directo e o complemento indirecto. Na oração «o menino ofereceu uma gravata ao pai», temos um sujeito: o menino; temos um verbo que indica uma acção: ofereceu; temos um objecto que se liga directamente ao verbo, sobre o qual se exerce a acção de oferecer, isto é, um complemento directo : uma gravata; e temos um ser (ou objecto) indirectamente ligado ao verbo, destinatário da acção de oferecer uma gravata, isto é, um complemento indirecto: ao pai.
Existem outros tantos complementos que não acrescentarei por agora, porque a «lição» já vai longa, e temo que fastidiosa.