Quando os topónimos estrangeiros têm correspondentes em português, mesmo que sejam iguais na grafia à palavra de origem, não temos nada que os pronunciar à estrangeira. Os outros povos também assim não fazem. Algum francês, por exemplo, deixa dizer de dizer Lisbonne, ou /Portô/, ou /Coimbrá/? Portanto, o vale de Davos na Suiça, ou a comuna de Davos, só podemos pronunciar assim: /Dávos/.
Sim, os topónimos estrangeiros Ratisbona (em francês Ratisbonne), Mogúncia ou Maiença (Mainz, no original alemão), Edelberga, Dusseldórfia, Dresda e muitos mais continuam em uso. E compreende-se, porque os nomes de localidades estão muito menos sujeitos a mudanças do que as outras palavras. É verdade que, noutros casos, a versão portuguesa ainda não se fixou: por ignorância, por pedantismo, mas também por algum desconforto intelectual. Oxónia (de Oxford) e Francoforte (de Frankfurt) ou Vashintónia (Washington) são casos mais conhecidos. Entretanto:
Colónia - Continua com esta grafia como antigamente.
Nova Iorque - Não podemos escrever doutra maneira. A grafia "Nova Yorque" nem é portuguesa nem inglesa. A letra y/Y não faz parte do nosso alfabeto. É um dos erros mais usuais na imprensa lusófona.