DÚVIDAS

Comparativo de igualdade

Várias foram as perguntas que vos coloquei a propósito do caso do grau comparativo de igualdade ( 21/1/98; 11/2/98 e 2/3/98).

Após algumas pesquisas vim a encontrar na "Gramática da Língua Portuguesa", de Pilar Vázquez Cuesta e de Maria Albertina Mendes da Luz, Edições 70, o seguinte:

"O comparativo de igualdade forma-se antepondo ao adjectivo a forma contraída de tanto, tão - que pode também suprimir-se - e pospondo-lhe como:

Esta garota é tão esperta como aquela.

O vestido não era tão bonito como o da irmã.

Este lençol está branco como a neve."

Gostaria de saber (mais uma vez) a vossa posição (objectiva e frontal) sobre esta questão, isto é, se concordam com esta leitura de comparativo de igualdade (refiro-me particularmente ao último exemplo) ou não e porquê.

Caso concordem com esta leitura que a Gramática propõe, que diferença tem o último exemplo apresentado, daquele que eu dei (Ela é bonita como eu) em 11/2/98.

Resposta

A minha opinião é que o último exemplo, aliás, para mim, só correcto sem o tão, ao mesmo tempo, não fica tão expressivo devido à ausência obrigatória deste advérbio. A sua frase, é claro, está quase nas mesmas condições. Mas, cuidado, na frase do branco o tão não é aconselhável, dado que, em princípio, branco, como cor, não admite tonalidades. Por isso, branco mais branco não há, por exemplo, só é admissível como frase publicitária! Mas bonito, feio, etc. podem admitir gradações.

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa