Sim, está correcta a frase apresentada pela nossa consulente. Mas examinemos as seguintes:
1) O actual questionário permite-nos compararmo-nos com outras empresas.
2) O actual questionário permite comparar-nos com outras empresas.
A frase 1, embora correcta, contém um senão: a ideia de nós está expressa três vezes: em nos de permite-nos, em nos de compararmo-nos e na forma verbal compararmos em compararmo(s)-nos.
Esta sobrecarga de nós torna a frase pesada, digamos. Na frase 2, a ideia de nós está expressa apenas uma vez: em nos de comparar-nos.
Mas se for de interesse acentuar a ideia de nós, isto é, de nós mesmos, diga-se uma das seguintes frases - aquela que soar melhor:
3) O actual questionário permite compararmo-nos com outras empresas.
4) O actual questionário permite-nos comparar-nos com outras empresas.
Quanto ao verbo comparar, estamos em presença do infinito não flexionado (comparar) e flexionado (compararmos), pois o português (e o galego, que, verdadeiramente, é apenas outra feição do português) é a única língua românica que possui o infinito flexionado. Geralmente, empregamos um ou outro, conforme nos soar melhor. A mim soa melhor a frase 4, em que não há a terminação mo (de compararmo+nos) seguida do pronome nos.