O verbo é ciceronear e não "ciceronar". Ou, também, ciceronizar.
As duas variantes encontram-se registadas tanto no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Editora Objetiva, Rio Janeiro), como no Aurélio (Editora Nova Fronteira, RJ) e no Michaelis (Melhoramentos, São Paulo): «Atuar [actuar] como cicerone para; acompanhar (alguém) a um local que merece ser percorrido e visitado.». Exemplo colhido no Houaiss, na variante mais comum (ciceronear): «Pegou o carro e ciceroneou o amigo estrangeiro de Copacabana ao Corcovado.».
Dos dicionários de referência portugueses consultados só o de José Pedro Machado, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Amigos do Livro Editores, Lisboa), consagra ciceronizar. Falha, obviamente, dos demais dicionários portugueses. O verbo há muito entrou no vocabulário comum, de uma forma (cicerone + ar = ciceronear) ou de outra (cicerone + izar = ciceronizar).