«Canopy» está registada no "Dicionário Inglês-Português Michaelis" com os significados, além dos indicados pelo consulente, também: capota, zimbório, velame de pára-quedas, etc. O "Dicionário Verbo Técnico e Científico de Inglês" indica `canópia´ para «canopy».
«Paraglider ¦glái¦» («glider» = planador) está registada no mesmo dicionário "Verbo", como um planador de pára-quedas.
Não encontrei `parapente´ na bibliografia que possuo. O "Grande Dicionário Francês-Português, de Domingos de Azevedo", regista «parachute» como pára-quedas e «pente ¦pân¦» como declive, encosta, pendor.
`Canópia´, «paraglider» e `parapente´ não foram encontradas nos vocabulário e dicionários da língua portuguesa, que considero de base (incluindo o brasileiro Aurélio). São, portanto, neologismos. `Canópia´ está bem formada. Quanto a `parapente´, foram encontradas várias palavras terminadas com a grafia pente ¦pen¦ no "Dicionário Universal", para utilização informática, da Texto Editora; e, assim, pode considerar-se que também obedece à índole da língua. Já no que se refere a «paraglider», não encontrei nenhuma palavra terminada com a grafia «glider», no mesmo dicionário.
Não me considero uma autoridade para decidir sobre a legitimidade de neologismos; mas, na minha opinião, quando a palavra está `bem formada´ e é de utilização corrente pela comunidade culta especializada (de língua oficial portuguesa), deve considerar-se que o termo enriquece o léxico comum, desde que não exista palavra vernácula com um valor semântico `perfeitamente´ adequado ao conceito pretendido. Ou no caso de não ter sido sugerido um neologismo mais adequado, a tempo de evitar que a nova palavra entrasse definitivamente nos hábitos linguísticos (já será tarde, mas pergunto aos especialistas se `paraplanador´ não teria sido um termo preferível em relação a `paraglider´ ou `parapente´).