É de facto uma evolução semântica que está sofrendo a palavra bastante, na boca das pessoas pouco cuidadosas no seu falar. Com muito, que já se ouve também com o sentido de demasiado (ou de mais), sucede outro tanto. A série correcta de vocábulos, que devemos procurar respeitar, a bem da língua portuguesa, é, por ordem crescente, nada, pouco, bastante, muito e demasiado. Assim, a nada opõe-se demasiado (e bem assim o pronome tudo), o contrário de pouco é muito, e, no meio, encontra-se bastante (ou assaz, menos usado e mais literário).