Não há «as duas definições possíveis para língua», porque a palavra língua tem muito mais de duas. Aqui vão elas, de acordo com os dicionários consultados:
1. – Órgão muscular alongado, móvel, situado na cavidade bucal, que serve para a degustação, para a deglutição e para a articulação de sons no homem e noutros animais.
2. – Designação comum de diversos objectos que têm semelhança com este órgão.
Em linguística significa:
3. – Sistema de signos vocais, que podem ser transcritos graficamente, comum a um povo, a uma nação, a uma cultura e constitui o seu instrumento de comunicação. É aquilo a que costumamos chamar idioma.
4. – É o conjunto de signos que, considerado como sistma virtual, se opõe à sua realização individual, à fala, ao discurso. É a fala que permite que a língua esteja em evolução. A língua é um produto social – pertence a um povo; a fala é um acto individual.
5. – Conjunto de sinais de expressão no interior dum mesmo idioma, cujo uso é determinado por factores socioculturais, regionais, etários ou por diferentes situações de comunicação. Temos, assim, a língua comum, a língua corrente, familiar, cuidada, literária. E há a língua padrão que é a considerada como norma.
6. – Já fora da linguística, também se emprega o vocábulo língua significando o modo de expressão escrita ou verbal dum autor, duma escola, duma época.
Aqui ficam estas definições, para que a prezada consulente Eunice Silva possa escolhar as tais «duas definições possíveis» que deseja.