Também considero que ficaria melhor. Com isto, quero dizer que respeitaria as normas da ortografia portuguesa actual. Na evolução do português, o "z" em final de sílaba interna antes de consoante é substituído por "s" já desde meados do século XVI: Bizcaia > Biscaia; mazmorra > masmorra; mezquinho > mesquinho, etc.
A palavra Cusco, designando cidade do Peru, do espanhol Cuzco, este do quíchua ccoscco (com o significado de umbigo = centro, capital) aparece assim registada (com "s") no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, bem como na respectiva carta no Grande Atlas Geográfico, da Editorial Enciclopédia, Lda.
Nazca, pelo mesmo critério, também deveria ter na grafia o "s". No entanto, no referido atlas, esta palavra aparece grafada com "z".
Neste atlas, são indicados os critérios utilizados na escrita dos nomes estrangeiros, referindo-se designadamente que a nomenclatura de toda a cartografia deriva da oficial dos respectivos estados. Ao topónimo em forma local ou convencional corresponde um exónimo português (ex.: Londres é exónimo de London, Berlim de Berlin, Moscovo de Moskva). No entanto, há muitos vocábulos em que tal exónimo ainda não foi definido. E, neste caso, permanece o vocábulo estrangeiro. Também é referido o princípio da "transcrição fonética" com que tenta respeitar-se a exigência de manutenção do som da língua à qual pertence o vocábulo em causa.
Ora, no caso das palavras que apresenta, a pronúncia daquele "z" em espanhol é semelhante à do nosso fonema /s/, o que torna ainda mais legítimas as formas portuguesas Cusco e Nasca.