A verdade é que a preposição varia consoante a «coisa amada»: se me diz que tem amor à Pátria, é esta o objecto (directo) do seu amor; se me fala do amor de (sua) mãe, esta será o sujeito que (o) ama (a si).
Conhece, naturalmente, o mandamento «amarás o Senhor teu Deus e ao próximo como a ti mesmo» que é um exemplo interessante da duplicidade da sintaxe do verbo amar, cujo complemento directo pode ser ou não ser precedido pela preposição a.
É certo que também pode dizer amor da pátria ou por amor de uma mulher, sendo o destinatário do amor precedido da preposição de. Mas cuidado com a clareza do discurso: amor de pode ser ambíguo, se o contexto não definir perfeitamente o sujeito e o objecto - amador e coisa amada.