Quer se convoque a nomenclatura e as normas da gramática tradicional – de acordo com as quais se classificariam «injuntivo-instrucional» e «expositivo-argumentativos» como adjectivos compostos –, quer se recorra à actual Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário, em que «injuntivo-instrucional» e «expositivo-explicativo» são compostos morfológicos com estrutura de coordenação, porque se trata de «processos de concatenação de dois radicais» (Maria Helena Mira Mateus et allii, Gramática da Língua Portuguesa, 6.ª ed., Lisboa, Caminho, 2003, p. 973) e por serem «formas adjectivais» (ob. cit, p. 974), o plural — assim como o feminino — forma-se com a alteração do segundo elemento ou radical.
Assim, a forma plural dessas duas expressões será:
textos injuntivo-instrucionais
textos expositivo-explicativos
Repare-se, assim, no que nos dizem Celso Cunha e Lindley Cintra sobre a formação do plural dos adjectivos compostos: «Nos adjectivos compostos, apenas o último elemento recebe a forma do plural (Nova Gramática do Português Contemporâneo, 17.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 253), assim como «apenas o segundo elemento pode assumir a forma feminina (ob. cit., p. 256). Por outro lado, Alina Villalva, no capítulo sobre "Formação de Palavras: composição" da Gramática da Língua Portuguesa (ob. cit.), quando trata da estrutura dos compostos morfológicos e dos compostos morfossintácticos, distingue-os também pela «forma como estes dois tipos de compostos realizam os contrastes de género e a flexão em número, em estruturas adjectivais muito próximas» (p. 972), pois, nos compostos morfológicos, só o segundo radical é que se altera em género e número.