(a) Acreditei naquilo que você disse.
(b) Tenho acreditado naquilo que você disse.
O pretérito perfeito simples [frase (a)] indica uma acção inteiramente passada, que somente ao passado pertence.
O pretérito perfeito composto [frase (b)] indica uma acção passada que continua no presente.
A nossa língua é muito maleável. Por isso há vários modos de mostrar que ainda acredita. Um deles é o que vemos na frase (b). Mas há outros:
(c) Sempre acreditei no que você disse.
(d) Acreditei e continuo a acreditar no que você disse.
(e) Acreditei e acredito no que você disse.
(f) Nunca deixei de acreditar no que você disse.
A significação destas frases não é precisamente a mesma em todas elas.
As frases que me parecem mais adequadas para expressar que ainda se acredita são as frases (c) e (d), mas principalmente a frase (c). Mas a escolha depende da situação e do gosto.
Quando dizemos «(...) gostei dela», referimo-nos a uma acção do passado que no passado ficou. Mas isso não quer dizer que não seja possível outra acção que, não sendo passada, seja semelhante a ela. Portanto, para sermos precisos, convém muitas vezes acrescentar alguma coisa mais:
... gostei na altura/nesse momento...
... gostei, mas já não gosto.
... gostei e continuo a gostar.
Etc.
Não sei se me fiz entender.