1 - Não há nenhuma «instituição comum às nações lusófonas que decida (…) como se grafam os novos vocábulos que permanentemente enriquecem a nossa língua» - infelizmente não há.
2 - Esses novos vocábulos, quando de origem estrangeira, umas vezes enriquecem, outras empobrecem. Empobrecem quando já temos palavra nossa, porque, não raro, deixamos de usar a palavra portuguesa e passamos a usar a palavra estrangeira.
3 - Porque não há nenhuma instituição, não sabemos. Quem sabe é o governo, porque a ele é que compete fundar uma instituição com a devida autoridade.
4 - Quanto a divergências ortográficas e neologismos, não são de monta. O que geralmente acontece é outra coisa: em Portugal, por exemplo, adaptam a palavra estrangeira dum modo e no Brasil, doutro. Mas em ambos os países se segue a mesma grafia com algumas diferenças.
5 - O que pensa a SLP é que tudo isto anda muito mal e que os países lusófonos deviam-se unir e fundar um organismo comum, oficial, que regulamentasse tudo que, na Língua Portuguesa, é susceptível de regulamentação.
6 - Quanto a ato e acto e a outras palavras em condições semelhantes, há conveniência em uniformizar a ortografia, quanto mais não seja por causa das crianças, quando lêem livros com grafia diferente do seu país.
7 - Quanto a sidoso (Portugal) e aidético (Brasil), são duas palavras diferentes para significarem o mesmo. Também há grão-de-bico numas regiões e gravanço noutras. No Porto dizem carne de boi, e em Lisboa, carne de vaca; aquele fecho a que vulgarmente se chama cadeado, regiões há onde lhe chamam aloquete. Se assim é no nosso país, compreende-se que assim seja nos vários países de língua portuguesa. A propósito do Acordo Ortográfico, Cf. ainda as Respostas Anteriores.