A razão prende-se sobretudo com o uso. Embora quieto esteja atestado desde o século XV e tranquilo desde o século XVI (cf. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa) e ambas as palavras tenham chegado ao português por via culta (cf. José Pedro Machado, Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa), a verdade é que a pronúncia de tranquilo é mais conservadora do que a de quieto. Com efeito, tranquilo mantém a pronúncia [kwi], que seria a do latim, enquanto a pronúncia [ki] de quieto é já uma inovação, o que deixa supor que a palavra terá escapado mais depressa à influência latina.