A palavra biblioterapia significa, em psicologia, «emprego de livros e de sua leitura no tratamento de distúrbios nervosos»; quer dizer ainda, em bibliologia, «tratamento de livros avariados por insetos ou por outros fatores; biblioterapêutica». Geralmente, a acepção usual é a primeira, pelo que me parece que, no contexto apresentado, a palavra está bem "encaixada".
O elemento de composição bibli(o)- é «antepositivo, do gr[ego] biblíon, ou "papel de escrever, carta, lousa, tábula de escrever e (num esboço evolutivo) livro" e, no pl., "os livros santos, a Bíblia"; em lat[im], já Cícero (106-43 a. C.) emprega bibliothēca, ae, "lugar em que se guardam livros, biblioteca", aparecendo mais tarde bibliopōla, ae, "o que vende livros, livreiro, bibliopola", bibliotecālis,e, "bibliotecal", bibliothecarius, ĭi, "o que tem a seu cargo a guarda e conservação duma biblioteca, bibliotecário"; a primeira doc[umentação] no vern[áculo] (bíblia) é do sXIV, erguendo-se aos poucos os der[ivados] e comp[ostos] ao longo da história documental da língua: bíblia, bibliocanto, biblioclasta, bibliocromia, bibliofagia, bibliofilia, bibliofilmar, bibliófilo, bibliofobia, bibliografar, bibliografia, bibliolatria, bibliologia, bibliomania, bibliométrico, bibliônimo, bibliopéia, bibliopola, bibliorréia, bibliosofia, bibliótafo, biblioteca, bibliotecário, bibliotecologista, bibliótica etc.»
[Fonte: Dicionário Eletrônico Houaiss]