J. Leite de Vasconcelos, em Antroponímia Portuguesa1, integra o apelido/sobrenome Taveira — tal como Abrantes, Araújo, Barros, Barroso, Castro, Correia, Dantas, Faro, Freitas, Gouveia, Horta, Jardim, Loureiro, Magalhães, Mascarenhas, Nogueira, Pimentel, Queirós, Ramos, Rebelo, Saramago, Silva, Tavares, Teixeira, Tomás, Vasconcelos, entre outros — na vasta «lista alfabética de apelidos modernos, tirados de nomes geográficos, e usados com de ou sem de [e que] uns provêm de nomes de povoações (cidades, vilas, aldeias), outros de quintas, propriedades, sítios» (idem, p. 167).
Por sua vez, Manuel de Sousa, em As Origens dos Apelidos das Famílias Portuguesas2, esclarece-nos, também, dando-nos as seguintes informações: «Taveira — apelido de raízes toponímicas, a família que o adoptou tem remotas e nobres origens, provindo da linhagem dos de Paiva. Foi usado pelos descendentes de Paio Soares Romeu e de sua mulher, D. Sancha Henriques de Portocarreiro. O primeiro a usá-lo surge na primeira metade do séc. XII. As armas dos Taveiras são: de ouro, com nove arruelas de vermelho postas três, três e três. Timbre: um leão sainte de ouro, armado e lampassado de vermelho, e carregado das arruelas do escudo» (idem, pp. 238-239).
1 J. Leite de Vasconcelos, Antroponímia Portuguesa, Lisboa, Imprensa Nacional, 1928.
2 Manuel de Sousa, As Origens dos Apelidos das Famílias Portuguesas, Mem Martins, Sporpress, s. d.