José Mário Costa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
José Mário Costa
José Mário Costa
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Jornalista português, cofundador (com João Carreira Bom) e responsável editorial do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Autor do programa televisivo Cuidado com a Língua!, cuja primeira série se encontra recolhida em livro, em colaboração com a professora Maria Regina Rocha. Ver mais aquiaqui e aqui.

 
Textos publicados pelo autor

 

P.S. – «Os senhores "hadem" vir à razão», arengou para a bancada da oposição o ministro português Jorge Coelho, na discussão parlamentar sobre a recusa do PSD e do PP em fazerem passar a autorização legislativa para um sindicato da PSP [quinta-feira, 17.06].
   Definitivamente: o verbo haver é uma armadilha a que nem escapa o ministro que zela pela segurança pública em Portugal.

Como qualquer outro consulente, Miguel R. Magalhães tem todo o direito a discordar ou a opinar o que quer que seja sobre Ciberdúvidas. No caso em apreço, e tendo sido eu a assinar essa opinião muito pessoal num Pelourinho a que, propositadamente, intitulei O capitulacionismo à NATO, só tenho que agradecer-lhe a atenção dada a esse meu texto. E, se me permite, fico-lhe grato, também, por me dar a oportunidade de acrescentar mais dois ou três argumentos à minha sustentação inicial.

Caos "humanitário", desastre "humanitário" – vai-se lendo e ouvindo aqui e ali, nos "media" portugueses, a propósito destes tempos bélicos nos Balcãs e, em particular, no Kosovo. Se é desastre, ou caos, ou o que quer que se assemelhe a tragédia, como pode ser...humanitário?!
   Se é "humanitário" o que estão a passar os refugiados albaneses (e, afinal, toda essa martirizada ex-Jugoslávia), como se há-de qualificar, entretanto, o auxílio da Cruz Vermelha e d...

Se NATO (North Atlantic Treaty Organization) é a sigla em inglês do que sempre foi em português OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), porque se há-de repetir o que dizem (e escrevem) os anglófonos, recusando, inclusive, a forma tradicional lusófona?! E se se prefere NATO em vez de OTAN, porque não, já agora, UN (United Nations) em vez de ONU (Organização das Nações Unidas), USA (United States of America) em vez de EUA (Estados Unidos da América), ou, até, UK (United Kingdom ) no luga...

O verbo intervir deve ser a armadilha mais vezes tropeçada por quantos, letrados e menos letrados, se apanham a falar em público. Então, quando se trata de conjugar o pretérito perfeito na 1.ª pessoa [intervim] ou de empregar o seu particípio passado [intervindo], é, no mínimo, penoso ouvir tanta derrapagem... gramatical.
   Foi o que se (ou)viu, uma noite destas, na SIC, no megadebate televisivo "Levante-se a Justi...