Fernando Venâncio (1944-2025) - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Fernando Venâncio  (1944-2025)
Fernando Venâncio (1944-2025)
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Fernando Venâncio (Mértola, 1944-2025) formou-se em 1976 em Linguística Geral, na Universidade de Amesterdão. Aí se doutorou em 1995, com um estudo sobre as «ideias de língua literária em Portugal no século XIX». Publicou estudos sobre «brasileirismos em Portugal», as reformas ortográficas e o Português Fundamental. Tem escrito no Jornal de Letras (JL), no semanário Expresso e na revista Ler. É autor dos romances Os Esquemas de Fradique (1999) e El-Rei no Porto (2001) e da antologia Crónica Jornalística. Século XX (2004). Assim Nasceu uma Língua (2019) e O Português à Descoberta do Brasileiro contam-se entre as duas últimas obras.

 

Cf.   Morreu Fernando VenâncioLinguista e escritor Fernando Venâncio morre aos 80 anos 

 

 
Textos publicados pelo autor

O galego e o português — que relação de parentesco? E que implicações institucionais estão envolvidas nesta reflexão? É o tema deste artigo de Fernando Venâncio.

Nenhum linguista português afirma hoje a identidade de português e galego. Alguns, e importantes, como Ivo Castro e Clarinda de Azevedo Maia, proclamam mesmo, alto e bom som, que são línguas diferentes. Observa-se, até, uma geral retracção em afirmar que elas tenham sido, algum dia, a mesma.

Texto crítico - e sarcástico q.b. - ao critério prevalecente no Acordo Ortográfico da "fiel reprodução da fala" sobre a etimologia e a tradição da língua portuguesa, publicado pelo autor no blogue Biliotecário de Papel, do jornalista José Mário Silva, a 21 de Agosto de 2008.

 

Dá-se, no nosso português, desde há séculos, um lento processo de fechamento (os linguistas falam em elevação) das vogais que, num vocábulo, precedem a sílaba tónica. Veja-se como pronunciamos «despertador», «adormecer», «metamorfosear», e como os pronuncia um brasileiro. Este processo de obscurecimento e consonantização da nossa fala vai seguramente prosseguir. E uma coisa parece certa: o novo Acordo Ortográfico vem dar-lhe um valente empurrão.

A moderna cultura

A modernidade da cultura galega expressa-se sob várias formas, todas elas pujantes. Das artes performativas à música e por aí fora.

«A língua é um bem enriquecedor»

 

Elías Torres Feijó, vice-reitor da Universidade de Santiago de Compostela, acredita que a aproximação da Galiza ao mundo lusófono trará vantagens económicas