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Textos publicados pelo autor

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A expressão expletiva «é... que...»

Pergunta: No período «É a tarde que chega», ocorre o emprego da expressão expletiva «É... que», caracterizando um período simples, ou trata-se de um período composto formado por duas orações distintas («É a tarde» e «que chega»)? Além disso, na análise sintática do período, o sujeito da forma verbal chega é «tarde» ou «que»? Obrigado!Resposta: O recurso estilístico «É... que...» é classificado* como expressão expletiva, pois realça, enfatiza, focaliza o sujeito da frase «a tarde» – note que o...

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Sóis vs. sois

Pergunta: Por que o plural de sol é acentuado (sóis), e a 2.ª pessoa do plural («vós sois») do verbo ser não é acentuada? Entendo que as duas formas são monossílabas terminadas em ditongo aberto. Obrigado.Resposta: Segundo as regras de acentuação gráfica abordadas na tradição escolar de ensino de gramática, o acento gráfico em sóis se deve ao fato de haver um ditongo aberto, ou seja, o timbre da vogal o é aberto, de modo que se grafa...

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Bobo(a) e idiota

Pergunta: O dicionário diz que bobo(a) e idiota significam a mesma coisa. Porém, se alguém chama o próprio par romântico de bobo(a), é elogio, enquanto que se alguém chama o próprio par romântico de idiota, é ofensa! Qual a razão disso no caso? Muitíssimo obrigado e um grande abraço!Resposta: Há uma área nos estudos linguísticos chamada pragmática – é o ramo da linguística que estuda como o contexto...

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Fazer-se como verbo de ligação

Pergunta: Seria correto dizer que, no contexto abaixo, o verbo fazer é classificado como verbo de ligação? «O uso da crase se faz necessário na locução à noite.»Resposta: Segundo o Dicionário Prático de Regência Verbal, de Celso Pedro Luft, a análise e classificação que se dá ao tradicional verbo de ligação tornar-se também se dá ao verbo fazer-se (com o sentido de «tornar-se»). Assim sendo, se a classificação dada por Luft é a mesma, então há verbo de ligação na...

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Fardo, quilo e litro com complemento nominal

Pergunta: Consideremos os seguintes exemplos: «Bebi dois fardos de refrigerante.» «Cortei três quilos de lenha.» «Comprei dois litros de água.» Nestes três casos, fardos, quilos e litros parecem todos serem substantivos que não possuem existência independente (litros de quê?), portanto, seriam substantivos abstratos. Diria mesmo que não possuem sentido independente. Parece-me intuitivo, portanto, que «de leite», «de lenha» e «de água» sejam...
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