Os estudiosos da literatura africana conhecem-no como um importante poeta cabo-verdiano que marcou uma geração.
Mas a maior parte das pessoas que com ele conviveu nunca soube detalhes da sua vida. Que foi preso durante o Estado Novo pelos seus ideais, que privou com Amílcar Cabral, que tocava piano magistralmente antes de ensurdecer aos 22 anos, que era um exímio jogador de xadrez. Nem mesmo os seus familiares conhecem bem os pormenores da sua vida.
Ovídio Martins morreu em 1999 e deixou uma neta, dois irmãos e muitos sobrinhos. Um deles quis que todos os outros soubesse quem foi o seu avô e tio, o seu percurso de vida, a sua história. Juntou fotografias e cartas, contou os episódios que foi conhecendo ao longo dos anos e pediu que lhe editassem a sua história em vídeo. E ofereceu-o a cada um dos membros da família.
Quem o produziu pode fazê-lo chegar aos interessados pela figura e a obra de Ovídio Martins. E disponibiliza o mesmo serviço a quantos, em nome do direito à memória, queiram fazer o mesmo relativamente a alguém que admirem e amem, e cujo percurso de vida considerem que merece ser conhecido dos mais próximos. Contacto e informações suplementares: Produções Memória.
Textos Relacionados
Ovídio Martins, esquecido, era um homem de “princípios firmes” e um poeta “militante”