No âmbito do Projecto/Projeto REDIP, uma equipa/equipe de investigadores do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC) tem estado a elaborar um levantamento do português tal qual se fala e escreve no audiovisual e na imprensa portuguesa. Os estudos realizados até esta data já se encontram disponíveis no endereço do ILTEC. A partir da secção Working Papers é possível aceder a ligações para vários outros trabalhos complementares dos linguistas/lingüistas do ILTEC.
Estudos desenvolvidos no Projecto/Projeto REDIP:
– Transcrição Ortográfica de Textos Orais: Problemas e Perspectivas. Comunicação de Maria Celeste Ramilo e Tiago Freitas, apresentada no Encontro Comemorativo do 25.º Aniversário do Centro de Linguística da Universidade do Porto, em 2001.
(Neste trabalho os autores abordam alguns dos problemas inerentes à prática da transcrição ortográfica de textos orais em Portugal, tais como a pontuação, as pausas, a sobreposição de falas, os ideofones e as interjeições. Comparam as diferentes soluções para estes problemas adoptadas por vários projectos como o italiano Chat, o brasileiro Nurc e os europeus Nerc 47 e Nerc 50 e o próprio projecto em que trabalham de momento, o REDIP.)
– A Linguística e a Linguagem dos Média em Portugal: descrição do Projecto REDIP. Comunicação de Maria Celeste Ramilo e Tiago Freitas apresentada no XIII Congresso Internacional da ALFAL, San José, Costa Rica, em 2002.
(Nesta comunicação os autores fazem a descrição do Projecto/Projeto REDIP, que tem como objectivo analisar o português usado em três meios de comunicação social em Portugal: a rádio, a televisão e os jornais. Sistematizam o respectivo corpus e dão a conhecer os materiais de transcrição, o equipamento utilizado, a calendarização dos trabalhos e alguns dos problemas encontrados na sua execução.)
– O processo de integração dos estrangeirismos no português europeu, estudo de Tiago Freitas, Maria Celeste Ramilo e Elisabete Soalheiro, 2003. In Actas do XVIII Encontro da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa, APL.
(Com este trabalho os autores pretendem demonstrar que a integração dos estrangeirismos no português europeu é feita por fases e que a cada uma dessas fases corresponde um conjunto de fenómenos linguísticos específicos. Consideraram sobretudo fenómenos de natureza fonológica e morfológica, remetendo a grafia para segundo plano).
– O actual estatuto da palavra portanto, estudo de Tiago Freitas e Maria Celeste Ramilo (2003). In Actas do XVIII Encontro da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa, APL.
(Neste estudo, que resulta das observações iniciais que os autores fizeram aquando da transcrição ortográfica do corpus REDIP, comprovam claramente que a palavra "portanto" não desempenha apenas a função de operador de conexão conclusiva. A função de "portanto" varia de acordo com a sua distribuição, sendo a de operador de conexão conclusiva uma das menos significativas. A palavra "portanto" é sobretudo usada enquanto marcador conversacional, tendo um valor expletivo.)