Em Portugal, de acordo com nota divulgada em 19 de dezembro de 2019, o Presidente da República promulgou o diploma sobre o reconhecimento e proteção do barranquenho que tinha sido anteriormente aprovado pela Assembleia da República.
Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, sublinhou a importância da preservação da língua de Barrancos e da promoção das tradições e culturas locais, que enriquecem Portugal. Este ato vem na sequência da aprovação por unanimidade de uma lei pelo parlamento português em 26 de novembro de 2021, com vista a proteger a identidade cultural do dialeto.
A vila de Barrancos, situada na fronteira com a Andaluzia e ao sul da Estremadura espanhola, conserva uma dialeto próprio que é resultado do contacto enter falantes das variedades meridionais quer do português quer do castelhano desde tempos medievais. O etnólogo e filólogo José Leite de Vasconcelos (1858-1941) publicou em 1940 o primeiro livro sobre este dialeto, Filologia Barranquenha. Em 2017 foi publicada a obra O Barranquenho – língua, cultura e tradição, de Maria Victoria Navas (Faculdade de Filologia da Universidade Complutense de Madrid).
Sabe-se que atualmente, no concelho, o número de falantes deste dialeto tem vindo a diminuir, mas o seu futuro pode passar por um processo de codificação e pela aprendizagem e promoção nas escolas da região.
Mais informação em:
"Quer aprender a falar barranquenho?", in TVI, 15/04/2021
"PR promulga proteção de barranquenho" in Expresso, 19/12/2021
"O barranquenho já tem proteção. Agora falta quem o ensine e quem o mantenha original", de Guilhermina Sousa e Gonçalo Teles, in TSF, 20/12/2021
Do arquivo do Ciberdúvidas, ler "O barranquenho" e artigos associados, sobre línguas minoritárias.