«O incómodo é tanto que Pedro Santana Lopes não tem mesmo outra solução se não sentar-se nas últimas filas», escrevia-se no jornal “24 Horas” do passado dia 27 de Julho.
Escrevia-se erradamente, porque a grafia certa é senão. Ou seja, devia ter-se escrito assim: «O incómodo é tanto que Pedro Santana Lopes não tem mesmo outra solução senão sentar-se nas últimas filas». Neste caso, senão significa excepto.
A palavra senão emprega-se como sinónimo de mas, porém, excepto ou defeito: «Na guerra não se vê senão tristeza»; «ele não faz mais nada senão chorar»; «não há bela sem senão».
A expressão se não utiliza-se quando se subentende qualquer verbo, após o “não” : «Vamos embora, se não chegamos atrasados» (= se não formos embora, chegamos atrasados); «fala mais baixo, se não ficas rouco» (= se não falares mais baixo, ficas rouco).