Extracto de uma notícia do matutino 24 Horas (de 8 de Maio de Maio 2007) sobre o rapto da pequena Madeleine, na praia da Luz: «Pode até tratar-se de um rapto com motivações sexuais, mas também não se pode excluir a hipótese da rapariga ter saído de casa e se ter perdido.»
Nesta passagem há dois aspectos a considerar: o emprego da contracção da e o da palavra rapariga.
Deveria empregar-se «de a» em vez de “da”, pois a preposição introduz uma oração infinitiva: «(…) não se pode excluir a hipótese de a rapariga ter saído de casa». A hipótese que se põe não pertence a ninguém (não é «da rapariga»), mas é relativa a ter saído de casa («a hipótese de ter saído de casa»).
Quanto à palavra rapariga, ela deveria ser substituída por menina, dado a criança ter apenas 3 anos de idade.