Scut, acrónimo da expressão «sem custo para o utilizador», é uma auto-estrada em regime de portagens virtuais, cujos custos são suportados pelo Estado português. E, como qualquer acrónimo ou sigla, não se pluraliza.
Foi isso que não se ouviu no último debate parlamentar sobre o Orçamento do Estado (por exemplo no “Jornal Nacional” da TVI de 7 de Novembro p. p.):
«A questão das scuts mereceu destaque nas intervenções do PSD e do CDS-PP», referiu o jornalista António Ferrari, seguindo-se esta frase do deputado Marques Mendes: «… uma voltinha comigo nas scuts». E o próprio comentador Miguel Sousa Tavares: «As portagens nas scuts»; ou: «Para um partido que também era contra as scuts, não faz sentido fazer disso um cavalo-de-batalha.»
Tal como dizemos e escrevemos «os PALOP» (e não “os PALOPS”), os CTT (e não “os CTTS”) ou «as ONG» (e não “as ONGS”), digamos e escrevamos «as scut» (e não as “as scuts”).
A excepção a esta regra, como aqui no Ciberdúvidas já se anotou, são casos como o da sigla inglesa VIP transformada no acró[ô]nimo vipe, por exemplo.