A resistência às manifes e o vezo às “manifs” voltaram a emergir, um pouco por todo o lado, nos registos jornalísticos das grandes manifestações de 15 de setembro, contra a austeridade e as medidas recessivas em Portugal e por toda a Europa, em geral. E, claro, nos comentários e escritos deixados na blogosfera, por regra ainda mais descuidados. É repetido, mas não custa nada lembrar o que Carlos Rocha já clarificara no anterior apontamento "Manifs" e manifes:
• Para ser abreviatura, mandam as regas, o ponto abreviativo é obrigatório. Logo: manif. (singular), manifs. (plural). Foi o que fez, e bem, o jornal i na sua primeira página do próprio dia da manifestação. E o que não fez o Diário de Notícias, em edição anterior, a propósito de uma outra manifestação.
• Para ser uma redução – como é, de facto – da palavra manifestação (de resto, há muito consagrada no léxico comum, tal como profe/profes, de professor/es, ou foto/fotos, de fotografia/as), qual a razão de se resistir tanto à manife e às manifes? Se nem a polícia as impediu...