A propósito dos Campeonatos Europeus de Atletismo 2006 e, em particular, das medalhas de ouro nos 100 m e nos 200 m do atleta nigeriano naturalizado português Francis Obikwelu, realizados na cidade sueca de Gotemburgo, voltou a ouvir-se a pronúncia defeituosa deste topónimo, pelo que me permito aqui transcrever, a este respeito, um texto (disponível no Ciberdúvidas da Língua Portuguesa) da autoria do professor Fernando Peixoto da Fonseca, que esclarece por que razão se deve ler /Gutemburgo/:
«Ouve-se por aí pronunciar o topónimo Gotemburgo com o aberto (ó) ou fechado (ô), na primeira sílaba, por influência da língua intermediária, o alemão Gothenbourg (cujo o se lê fechado), inspirado no sueco Göteborg.
A forma aportuguesada Gotemburgo deve dizer-se com o o a soar como u, como é normal nas palavras começadas por sílaba átona terminada em o (por exemplo: bonança, bolinho, gotejar, gotejamento, governo). Pelo mesmo motivo se lê como u o o de Bolívia, Croácia, Polónia, Roménia, etc.».
texto saído no jornal português "24 Horas", do dia 10 de Agosto de 2006, na coluna "Ai, es