A propósito da controvérsia acima referida que tem estado a ter lugar neste interessante e já inestimável espaço, gostaria de dizer o seguinte: sou a favor da simplificação da escrita naquilo que possa estar relacionado com uma mais fácil leitura e comunicação (não confundir com ausência de princípios ou regras, sobretudo no que é estrutural). Nomeadamente de um uso mais parcimonioso e menos reverente das maiúsculas.
Ainda assim, acho útil que se faça a distinção ortográfica (com recurso à inicial maiúscula) entre um Estado que é nação, logo organização social, económica e politicamente independente, e um estado que é parte integrante de uma nação, portanto de um Estado. Como nos casos do Brasil ou dos EUA, dois exemplos de Estados divididos em estados. Ajuda a percepção imediata.
Quanto a «Estado membro», de uso tão frequente hoje em dia - em que são cada vez mais as organizações internacionais, de âmbito mais ou menos regional e natureza a mais diversa -, talvez se pudesse considerar já como um caso de formação de um novo termo por composição a partir de dois substantivos, neste caso por justaposição. E, aqui, julgo que poderia ter cabimento o uso do hífen - conforme é usual nestes casos, embora não se trate de regra.