Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Na sequência de uma petição pública  que reclamava a desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico, a Assembleia da República aprovou a Resolução 890/XII/3.ª em 28/02/2014, em que recomendou ao Governo a «criação urgente de um Grupo de Trabalho sobre a Aplicação do Acordo Ortográfico». Entre as diferentes reações na comunicação social portuguesa e as várias tomadas de posição, pró e contra, que antecederam o debate parlamentar ou que a este se seguiram, registam-se:

Por Direção editorial

«O AO é, desde o seu início, uma enorme ilusão e um gigantesco erro» – afirmou a direção editorial do jornal Público no mesmo dia em que o parlamento português discutiu  três projetos de resolução apresentados por diferentes grupos de deputados na sequência de uma petição pública para desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico (foi aprovado o projeto de resolução 890/XII ).

 

<i>Beibi, ti amo, amorê</i>

«Letras assentes no mau português (…) repetidas até à exaustão e rimas em que o “amor” pede sempre “dor”». Texto publicado no semanário “Nova Gazeta” de 27/02/2014 sobre o «mau-gosto [que] impera na música angolana» que passa na rádio e na televisão do país – hoje nos antípodas da qualidade dos poetas e autores cantados em tempos mais recuados, e difíceis.

 

Há duas maneiras de discutir o Acordo Ortográfico, na visão do historiador português Rui Bebiano : «[u]ma positiva e honesta, que coloca problemas autênticos, dúvidas compreensíveis e objeções que são legítimas; a outra encrespada e agressiva, empapando a discordância de azedume, erros e até embustes» (artigo publicado a 1 de março de 2014 no jornal As Beiras).

 

Um «ter a haver» cacofónico

«Houve nove reequilíbrios financeiros. Tem a haver também com a constituição de um gabinete de projeto para a nova ponte Vasco da Gama»
Sérgio de Azevedo, deputado do PSD, relator da Comissão de Inquérito sobre as Parcerias Público-Privadas
Olhos nos Olhos, TVI24, 17 de fevereiro de 2014, 19m13)

«No panorama, ouve algum investimento em vinhos franceses, italianos e americanos […]»
OJE, 10 de janeiro de 2014, p. 15.

No contexto da querela sobre o Acordo Ortográfico, o deputado português Carlos Enes recorda a posição tomada pela poetisa Natália Correia num debate parlamentar ocorrido em 1991 (texto publicado nas páginas da Antena 1 - Açores).

 

Na sessão em que se discutiu o Acordo Ortográfico (AO) na Assembleia da República (Maio de 1991), Natália Correia assumiu a defesa do mesmo, em nome da bancada do Partido Renovador Democrático (PRD), liderado pelo general Ramalho Eanes.

Fervedouro dos desacertos e desconcórdias
«Não transformao o Acordo Ortográfico num bicho-de-sete-cabeças»

O escritor português Mário de Carvalho declara opor-se ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, mas lembra que «há, de um e do outro lado, pessoas que merecem respeito e cujo apreço pela Língua portuguesa não pode ser posto em causa», num artigo publicado em 25/02/2014 no semanário Sol.

 

Porque será que temos

Edno Pimentel relata uma situação de uso da palavra "câmbria", variante não normativa de cãibra (texto original publicado em 27/02/2014 no semanário angolano Nova Gazeta).

 

É uma questão que foi colocada a um médico. Vivi tinha constantes contracções musculares. Mal se sentava, fosse em que posição fosse, vinha logo a “maldita” contracção. «Parece até que sou a única, doutor», chorava de desespero.

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