Um lista de dez nomes de especialidades da pastelaria de origem francesa. Um texto de João Nogueira da Costa, que o publicou na sua página de Facebook.
Um lista de dez nomes de especialidades da pastelaria de origem francesa. Um texto de João Nogueira da Costa, que o publicou na sua página de Facebook.
Pêssego, tangerina, romã, melancia e maçã são nomes de frutos. Mas quem se dedique à história destas palavras será surpreendido pela sua etimologia, relacionada com a toponímia da Antiguidade e da Idade Média, como bem evidencia o professor João Nogueira da Costa neste apontamento, transcrito, com a devida vénia, da sua página de Facebook.
Vírus, a palavra mais usada nos últimos tempos no espaço mediático, desde o aparecimento e propagação já à escala planetária do COVID 19, chegou-nos do latim, mas foi pela descoberta de um cientista holandês, no final do século XIX, que muitas «doenças eram transmitidas por qualquer coisa ainda mais pequena que as bactérias» – conta neste texto* o professor universitário, tradutor e escritor Marco Neves.
* Com o título original Qual é a origem da palavra «vírus»?, texto transcrito, com devida vénia, do blogue do autor, Certas Palavras, no dia 8 de março de 2020 – escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
É hoje muito comum ouvir frases semelhantes a esta: «Já viste, não já?». Mas afinal, do que se trata este «não já?»? Sobre esta expressão tão comum na oralidade dos portugueses escreveu* Miguel Esteves Cardoso, na sua crónica no jornal Público do dia 8 de março de 2020 – a seguir transcrita com a devida vénia.
* conforme a norma ortográfica de 1945.
«A língua portuguesa, como as demais línguas – escreve neste trabalho* a linguista portuguesa Margarita Correia –, está eivada de unidades lexicais ou expressões que denotam muitos dos preconceitos que marcaram a sociedade portuguesa e as sociedades lusófonas ao longo dos tempos. Esses preconceitos podem visar grupos raciais e/ou étnicos (exs.: negros, judeus, ciganos), nacionalidades específicas (exs.: chineses, indianos), grupos religiosos (exs.: judeus, muçulmanos), mas também grupos profissionais e etários, entre outros. Claro que os preconceitos podem também ser de natureza sexual.»
* Artigo publicado na revista brasileira Alfa – Revista de Linguística, v. 50, n.º 2, 2006. Segue a norma ortográfica de 1945.
Os cursos do ensino secundário, de ciências e tecnologias ou de línguas e humanidades, têm um tratamento diferente em contexto escolar. As próprias disciplinas recebem um tratamento diferente. Estamos perante atitudes que, segundo a autora*, denunciam uma menorização das Humanidades no ensino.
* texto transcrito, com a devida vénia, do blogue pessoal da autora, escrito conforme a norma ortográfica de 1945.
O cartaz da apresentação pública da candidatura do deputado português André Ventura à Presidência da República tinha não um, não dois, mas três erros tão garrafais quanto a respetiva legenda...
Sabe-se que o uso do hífen nas palavras compostas é matéria de recorrentes desacertos. Não se esperaria, porém, que isso acontecesse num concurso televisivo cujos participantes são desafiados a provar que a sua cultura geral passa também pelo domínio do idioma nacional... Ainda por cima, sendo frequente os erros neste espaço da televisão pública portuguesa...
Não são muitas as palavras de duas sílabas que terminam em -us e se escrevem sem qualquer acento gráfico, como acontece com Jesus, que tem acento tónico na última sílaba, constituindo, portanto, uma palavra aguda (isto é, oxítona). Mas a raridade destes casos não é desculpa para fazer de obus uma palavra grave. Um apontamento de um nosso consulente, o professor João Nogueira Costa.
«No princípio dos anos 70 — rememora neste texto* Miguel Esteves Cardoso — lembro-me do meu pai fulminar contra a minha recém-adquirida gracinha de dizer “ao nível de” a torto e a direito. Cada vez que atravessávamos uma passagem de nível ele lembrava-se desse meu tique. [50 anos passados] tornei-me no meu pai? É provável. Eu ria-me com o hábito dele de gritar diante do televisor, corrigindo os dislates dos apresentadores.»
*in jornal Público do dia 26/02/2020
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