Confrontado pelos jornalistas com a notícia da desistência do empresário Patrick Monteiro de Barros da construção de uma nova refinaria em Sines – e das críticas daí decorrentes ao Governo português –, respondeu o primeiro-ministro José Sócrates: «O Governo não compra gato por lebre, [mas] se o empresário [Patrick Monteiro de Barros ] rever o projecto...»
«Se...revir» é como devia ter sido dito – especialmente tendo sido dito por quem foi.
Tão simples quanto isto: rever conjuga-se como verbo ver1.
Logo, estando o verbo no futuro imperfeito do conjuntivo [subjuntivo], o que José Sócrates devia ter dito era: «(...) [mas] se o empresário (...) revir o projecto...»
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Presente do indicativo: (re)vejo, (re)vês, (re)vê, (re)vemos, (re)vedes, (re)vêem.
Pretérito imperfeito: (re)via, (re)vias, (re)via, (re)víamos, (re)víeis, (re)viam.
Pretérito perfeito: (re)vi, (re)viste, (re)viu, (re)vimos, (re)vistes, (re)vi, (re)viram.
Pretérito mais-que-perfeito: (re)vira, (re)viras, (re)vira, (re)víramos, (re)víreis,
(re)viram.
Futuro imperfeito [futuro do presente]: (re)verei, (re)verás, (re)verá, (re)veremos, (re)vereis, (re)verão.
Condicional [futuro do pretérito]: (re)veria, (re)verias, (re)veria, (re)veríamos, (re)veríeis, (re)veriam.
Presente do conjuntivo [subjuntivo]: (re)veja, (re)vejas, (re)veja, (re)vejamos, (re)vejais, (re)vejam.
Pretérito imperfeito do conjuntivo [subjuntivo]: (re)visse, (re)visses, (re)visse, (re)víssemos, (re)vísseis, (re)vissem.
Futuro imperfeito do conjuntivo [subjuntivo], ou seja, o caso em apreço: (re)vir, (re)vires, (re)vir, (re)virmos, (re)virdes, (re)virem.
Imperativo presente do [imperativo afirmativo]: (re)vê tu, (re)veja você, (re)vejamos nós, (re)vede vós, (re)vejam vocês.
Infinito pessoal: (re)ver eu, (re)veres tu, (re)ver ele/ela/você, (re)vermos nós, (re)verdes vós, (re)verem eles/elas/vocês.
Infinito impessoal: (re)ver.
Gerúndio: (re)vendo.
Particípio passado: (re)visto.