«[Joana Marques Vidal, ex-procuradora Geral da República em Portugal] teve esta «saída»: "Foi um passarinho." Nesta acepção, a palavra significa: "Dito, resposta ou observação feita com humor, de forma repentina, perspicaz e oportuna."»
Quando na quinta-feira à tarde [20/09/2018] se escolheu descodificar aqui a palavra saída, tinha-se em mente e como pretextos o Brexit (“adeus” do Reino Unido à União Europeia) e a “despedida” do ensino de Marcelo Rebelo de Sousa, que deu a sua última lição na Aula Magna da Universidade de Lisboa.
Nesse mesmo dia à noite, “saiu-nos” outra saída, a da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, que será substituída por Lucília Gago a 12 de Outubro. Não conseguimos perceber ainda se preferia continuar ou não.
«A hipótese de ser reconduzida nunca me foi colocada», disse. Excerto de declarações aos jornalistas sexta-feira de manhã: «Só soube ontem às oito da noite [umas horas antes de o anúncio ter sido feito na página da Presidência da República].»
Quando se quis saber quem a informou, teve esta “saída”: «Foi um passarinho.» Nesta acepção, a palavra significa: «Dito, resposta ou observação feita com humor, de forma repentina, perspicaz e oportuna.» Pode também ser entendida como «piada» ou «graça».
Sem humor esteve Theresa May, primeira-ministra britânica, que reagiu desta forma à rejeição dos líderes europeus da sua proposta para o Brexit: «Que a União Europeia tenha bem claro: não vou reverter o resultado do referendo nem vou desmembrar o meu país.» O “plano Chequers” (um acordo de livre comércio de bens agrícolas e industriais) não parece ser ainda a melhor saída (solução) para a saída(abandono) da UE.
Marcelo Rebelo de Sousa acabou de sair da vida académica, no sentido de «cessar ou concluir uma actividade». Mas é certo que o Presidente da República não resistirá a continuar a dar-nos lições. Nem sempre certas.