«Moscovo apelou aos sequestradores de quatro russos para não os executar.»1
A utilização do infinitivo pessoal ou flexionado (executar eu, executares tu, executar ele, executarmos nós, executardes vós, executarem eles) é objecto de alguma dificuldade. Para a ultrapassar, veja-se a regra geral: no caso de uma frase em que haja duas acções, se o sujeito for diferente, deverá usar-se o infinitivo pessoal ou flexionado, para indicar precisamente quem é o autor da acção enunciada pelo verbo no infinitivo.
No caso presente, deveria ter-se usado o infinitivo pessoal: «Moscovo apelou aos sequestradores de quatro russos para não os executarem». É que o sujeito da oração «Moscovo apelou aos sequestradores de quatro russos» é «Moscovo», enquanto o sujeito da oração infinitiva «para não os executarem» é (subentendido) «os sequestradores» (para os sequestradores não executarem os quatro russos).
1 Alberta Marques Fernandes, “Jornal 2”, Dois, 21 de Junho p.p.